Posição atual:home >jackpot city flash >Trump deveria ser banido do mercado imobiliário de Nova York por fraude, diz procuradora

Trump deveria ser banido do mercado imobiliário de Nova York por fraude, diz procuradora

Trump deveria ser banido do mercado imobiliário de Nova York por fraude, diz procuradora-geral

Ex-presidente sofre processo por supostamente fraudar relatórios financeiros e conseguir empréstimos melhores

Ex-presidente dos EUA Donald Trump fala a repórteres ao chegar à Suprema Corte do Estado de Nova York para julgamento civil sobre fraude.
Ex-presidente dos EUA Donald Trump fala a repórteres ao chegar à Suprema Corte do Estado de Nova York para julgamento civil sobre fraude. Spencer Platt/Getty Images

Jack Queenda Reuters

05/01/2024 às 17:13 Compartilhe:

Donald Trump deveria ser banido do setor imobiliário de Nova York por fraude “ultrajante”, disse a procuradora-geral do estado em um documento judicial. Isso ocorre antes dos argumentos finais em um processo civil contra o ex-presidente dos Estados Unidos.

O documento apresentado nesta sexta-feira (5) pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, pontua que os “incontáveis esquemas enganosos” de Trump para “inflacionar valores de ativos e ocultar fatos eram tão ultrajantes que desmentem explicações inocentes”.

Os advogados do empresário apontaram, em outro documento, por sua vez, que o estado não conseguiu demonstrar qualquer “impacto no mundo real” dos relatórios financeiros de Trump aos bancos, que, segundo um juiz, exageraram o seu patrimônio líquido milhões de dólares.

Leia Mais:

  • China gastou mais de US$ 5,5 milhões em propriedades de Trump

    China gastou mais de US$ 5,5 milhões em propriedades de Trump

  • Biden abre campanha de 2024 com discurso sobre ataque contra o Capitólio

    Biden abre campanha de 2024 com discurso sobre ataque contra o Capitólio

  • Trump entra na Justiça contra promotor por suposto desacato de ordem judicial

    Trump entra na Justiça contra promotor por suposto desacato de ordem judicial

Os representantes do ex-presidente destacaram em seu processo que o gabinete da procuradora-geral está abusando de sua autoridade ao tentar impedir Trump de “toda e qualquer” atividade comercial, uma penalidade “muito mais substancial do que a mera perda de dinheiro”.

Os resumos finais de ambos os lados serão seguidos de argumentos finais e o juiz que preside o caso, Arthur Engoron, dará um veredicto posteriormente.

O caso ameaça tirar Trump de valiosos ativos imobiliários, e Engoron já considerou o republicano responsável por exagerar fraudulentamente a sua riqueza em milhões de dólares para garantir melhores condições de empréstimo.

O julgamento de três meses no ano passado envolveu principalmente a questão de danos. James, um democrata eleito, pede pelo menos US$ 250 milhões em multas e restrições severas à capacidade de Trump de fazer negócios no estado.

Donald Trump negou qualquer irregularidade e chamou o caso de caça às bruxas política.

“Turbilhão” de problemas jurídicos

O caso faz parte de diversos problemas jurídicos que o empresário enfrenta enquanto faz campanha para concorrer contra o presidente Joe Biden nas eleições de novembro de 2024, embora nenhum dos processos tenha ainda minado sua liderança sobre os rivais republicanos.

Durante o depoimento em outubro, Trump vangloriou-se da sua perspicácia empresarial e criticou o que disse ser um preconceito político contra ele por parte de James e Engoron.

Donald Jr., Eric e Ivanka Trump, filhos do ex-presidente, também testemunharam. Eles afirmaram que tiveram pouco ou nenhum envolvimento com os relatórios financeiros do pai enquanto dirigiam a Trump Organization, uma empresa guarda-chuva para seus amplos empreendimentos comerciais.

Ao contrário de seus irmãos, Ivanka Trump não é réu no caso.

Os advogados de Donald Jr. e Eric Trump disseram em seu próprio processo nesta sexta-feira que não havia evidências de que qualquer um deles tivesse “algo mais do que um conhecimento periférico ou envolvimento” na preparação dos relatórios financeiros do pai.

O futuro do império de Trump está em jogo depois de Engoron ter ordenado, em setembro, a dissolução das empresas que controlavam a parte principal de seu portfólio em Nova York, incluindo a Trump Tower e o 40 Wall Street em Manhattan.

Essa ordem está suspensa enquanto Trump apela, e alguns especialistas jurídicos dizem que Engoron pode não ter autoridade para emitir uma ordem tão abrangente.

Trump está sendo acusado em Washington e na Geórgia por tentar anular a derrota nas eleições de 2020. Já na Florida, é processado pelo tratamento que deu a documentos confidenciais ao deixar o cargo. E, em Nova York, é acusado por pagamentos de dinheiro secreto a uma estrela de filmes adultos antes das eleições de 2016.

O ex-presidente se declarou inocente e negou qualquer irregularidade em todos os casos.

O primeiro dos julgamentos criminais está previsto para começar em março, em Nova York, mas está sujeito a alterações, à medida que o lotado calendário jurídico de Trump complica os cronogramas dos tribunais.

    Mais recomendado